O mês de julho é dedicado à conscientização sobre as hepatites virais, com o objetivo de alertar a todos sobre a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para essas doenças silenciosas que podem evoluir para quadros graves como cirrose e câncer de fígado.
A campanha, conhecida como Julho Amarelo busca mobilizar a sociedade e os profissionais de saúde para ações educativas e de testagem, contribuindo para o controle e a eliminação das hepatites como problema de saúde pública.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2015, cerca de 257 milhões de pessoas viviam com hepatite B crônica em todo o mundo. Nesse mesmo ano, aproximadamente 1,34 milhão de pessoas morreram em decorrência de hepatites virais, sendo que 96% dessas mortes foram causadas pelos vírus das hepatites B e C.
O que é a hepatite quais são suas causas?
Hepatite é uma condição caracterizada por inflamação do fígado que pode ser causada por infecções virais, doenças autoimunes, ou pelo uso de álcool, drogas e certos medicamentos.
Nos casos causados por vírus, os mais comuns associados à doença são:
Hepatite A
O vírus tipo A está ligado, em sua maioria, aos casos de infecções ocasionadas por condições precárias de saneamento básico e higiene. Sua transmissão ocorre pelo contato com água e alimentos contaminados contendo o vírus. Os principais sintomas nesses casos são:
- Febre
- Mal-estar;
- Enjoo;
- Vômitos
- Icterícia (A icterícia é um sintoma caracterizado pelo amarelamento da pele e dos olhos, o que justifica a escolha da cor amarela como símbolo oficial da campanha.)
A vacinação é a principal forma de prevenção, recomendada especialmente para crianças a partir de quinze meses a cinco anos e pessoas em doenças crônicas no fígado.
E o mais importante! A hepatite A tem cura.
Na maioria dos casos, a infecção é resolvida espontaneamente sem a necessidade de um tratamento específico.
Hepatite B
A hepatite B é propagada por: sexo sem proteção ou compartilhamento de escovas de dentes, lâminas de barbear ou de depilação, materiais comumente utilizados na confecção de tatuagens e equipamentos para uso de drogas.
Na maior parte dos casos, pessoas infectadas pelo vírus tipo B são assintomáticos. Porém, quando apresentam sintomas, estão ligados a:
- febre
- tontura
- dores abdominais
- enjoos
O principal meio de prevenção são as vacinas, aplicadas em três doses geralmente logo nos primeiros meses de vida dos bebês. As crianças devem receber a primeira dose ao nascer, a segunda ao completar um mês e a terceira e última aos seis meses de vida. Crianças mais velhas e adultos podem receber as vacinas com intervalo de um ou dois meses entre as primeiras doses e seis meses entre a primeira e terceira.
A hepatite B pode se tornar crônica e evoluir para cirrose, insuficiência hepática ou câncer de fígado se não tratada.
Esta doença não tem cura, porém pode ser controlada. Se seguidos corretamente, os tratamentos possibilitam uma vida normal.
Hepatite C
A Hepatite C é uma das doenças hepáticas (que afetam o funcionamento do fígado) mais comuns no mundo. A transmissão do vírus ocorre sobretudo pelo contato com sangue contaminado por meio do compartilhamento de seringas e uso de objetos perfurantes sem a correta esterilização (na confecção de tatuagem, manuseio de equipamentos odontológicos, materiais de manicure e objetos usados para o consumo de drogas.
Em 80% dos casos, as pessoas não apresentam sintomas. Os sintomáticos podem manifestar:
- febre
- vômito
- diarreia
- urina escura
Não existe vacina contra a hepatite C, mas o tratamento com antivirais de ação direta pode levar à cura em mais de 95% dos casos.
Hepatite D
A maioria dos casos não apresenta sintomas, mas quando se manifesta, os sinais são semelhantes aos da infecção pelo vírus:
- febre
- dor abdominal
- náuseas
- icterícia
- urina escura
- fezes claras
A forma de transmissão também é a mesma:
- contato com sangue contaminado
- relações sexuais desprotegidas
- compartilhamento de objetos perfurocortantes
A Hepatite D não tem cura, mas o tratamento contribui para o controle de danos ao fígado e progressão da doença.
Como ocorre o diagnóstico?
Para identificar as hepatites, é importante estar atento tanto aos sintomas quanto à realização de exames específicos. Embora muitas vezes sejam silenciosas, essas infecções podem mostrar sinais. Quando esses sintomas aparecem, é essencial procurar um médico, que poderá solicitar exames laboratoriais para confirmar o diagnóstico.
Os exames de sangue são úteis para identificar o tipo de vírus causador da hepatite. Já a sorologia pode detectar e diferenciar as hepatites A, B, C, D ou E. Além desses, exames que determinam o funcionamento do fígado são muito indicados, pois podem contribuir para a identificação dessas doenças.
Conhecimento que salva
Além da prevenção e do diagnóstico, é fundamental combater o estigma que ainda cerca as hepatites virais. Muitas pessoas convivem com essas doenças sem saber, e o medo do preconceito pode afastá-las do tratamento. Por isso, é essencial promover uma cultura de acolhimento, informação e empatia, incentivando o diálogo aberto e o acesso universal aos serviços de saúde.
Dessa forma, o Julho Amarelo se consolida como uma oportunidade valiosa para reforçar a importância da informação, da vacinação, da testagem e do tratamento. A participação ativa da sociedade é essencial para que possamos avançar na eliminação das hepatites virais como ameaça à saúde pública. Informar é proteger e prevenção salva vidas.
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