Ela foi símbolo de elegância, carisma e empatia. Um ícone global, celebrada tanto por sua beleza quanto pelo olhar acolhedor aos marginalizados pela sociedade. Diana, a Princesa de Gales, se tornou uma das figuras mais fotografadas da história e uma inspiração para milhões. Mas e se começássemos a descrevê-la por outro ângulo? E se falássemos de uma jovem com autoestima fragilizada, que travava uma batalha dura e silenciosa contra a bulimia nervosa? Ainda pensaria em Diana?
Em 1992, a princesa Diana revelou em sua biografia autorizada que lutou contra um transtorno alimentar durante quase uma década, enfrentando silenciosamente essa batalha longe dos holofotes. O impacto de seu relato, assim como da entrevista concedida à BBC em 1995, quando voltou a abordar esse tema, foi significativo: muitas mulheres, inspiradas por sua coragem, procuraram ajuda pela primeira vez.
Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria, os distúrbios alimentares afetam cerca de 70 milhões de pessoas ao redor do mundo. A revelação de Diana ajudou a aumentar a conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental, incentivando o debate sobre um tema que, por muito tempo, permaneceu cercado tabus.
Os transtornos alimentares afetam com maior incidência os jovens e principalmente as mulheres. E isso não ocorre por acaso:
Causas de transtornos alimentares
As causas para Transtornos alimentares são as mais variadas, podendo ser atreladas a genética e a fatores sociais. O histórico familiar sugere que pode haver uma hereditariedade envolvida em algum dos casos, porém traumas de infância, problemas de ordem emocional, restrição alimentar provocada por dificuldades financeiras, dietas sem embasamento científico e a busca por um “corpo ideal” estão entre os fatores mais recorrentes em casos de distúrbio alimentar.
Apesar do aumento no número de casos de transtorno alimentar entre os homens, a pressão estética sobre as mulheres continua sendo desproporcional. Indiscutivelmente, a popularização das redes sociais e a exposição mais frequente das pessoas, contribuem para a criação de um padrão de beleza inalcançável no dia a dia, gerando uma queda na autoestima, em especial de jovens do sexo feminino.
Os três casos mais frequentes de distúrbios alimentares
Compulsão alimentar: esse transtorno é marcado por episódios onde a pessoa se alimenta de forma exagerada até mesmo quando não se tem fome.
Bulimia nervosa: se caracteriza pela compulsão alimentar seguida de ações que compensam a ingestão exagerada de alimentos, geralmente o ato de forçar o vômito.
Anorexia: é definida pela baixíssima ingestão de calorias em dietas bastantes restritivas, pelo medo de ganhar peso. Muitas vezes causadas pela distorção de imagem que a pessoa tem dela própria.
Tratamentos
Por serem, em sua maioria, transtornos de ordem psicológica, o tratamento ideal envolve o acompanhamento com psicólogos e psiquiatras. Ainda assim, o primeiro passo muitas vezes começa pelas consultas com um médico de família, essenciais tanto para o diagnóstico inicial quanto para o seguimento clínico. A atuação de nutricionistas também é importante para a reeducação alimentar e recuperação da saúde física e emocional. Afinal, cuidar da mente e do corpo exige acolhimento e acesso a profissionais confiáveis.
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